O cultismo é uma das vertentes presentes na filosofia barroca. Afirmava que a forma de se adquirir conhecimento seria através da descrição do mundo, a qual era feita por meio de sensações, utilizando-se de metáforas, antíteses e trocadilhos. A realidade era descrita de maneira rebuscada e indireta, com uma preocupação em relação à forma do texto, notada pelo rebuscamento e jogo de palavras, características presentes no poema abaixo:
"O todo sem a parte não é o todo;
A parte sem o todo não é parte;
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga que é parte, sendo o todo.
Em todo o Sacramento está Deus todo,
E todo assiste inteiro em qualquer parte,
E feito em partes todo em toda a parte,
Em qualquer parte sempre fica todo."
(Gregório de Matos)
Victor David
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ResponderExcluirOutra figura de linguagem muito presente no cultismo do período barroco é o paradoxo, que une dois conceitos opostos em um só pensamento. No poema, o paradoxo está presente em “O todo sem a parte não é o todo; A parte sem o todo não é parte;”.
ResponderExcluirManeiro não sabia que o cultismo é uma das vertentes presentes na filosofia barroca.(Mário Augusto)
ResponderExcluirO cultismo se apresenta como um jogo de palavras mesmo, é interessante como os autores usavam o descrever das sensaçôes, as metáforas para conseguir conhecer, acredito que o cultismo faz uma enorme falta no nosso próprio cotidiano.
ResponderExcluirAlém do conteúdo retratado, o texto é capaz de chamar a atenção do interlocutor pela forma estrutural que organiza as palavras rebruscadas.
ResponderExcluirÉ realmente intrigante o modo de como era produzido os poemas, a quantidade de detalhes, o rebuscamento da forma, erudição... tudo isso para conseguir retratar/conhecer o mundo. (Melissa)
ResponderExcluirMuito interessante esse pensamento, visto que é o mais correto para conseguir adquirir o pensamente, se por no lado da experiencia e da sensação, e não só na teoria. A forma como o autor do poema passa isso é fascinante.
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